Antiga cidade de Redenção da Serra |
A cultura
de Redenção da Serra é muito rica e variada, embora a cidade tenha sofrido uma
ruptura com a criação da nova cidade, quando houve um intervalo nas
manifestações populares, das festas e dos grupos folclóricos.
A maior
parte das pessoas estava mais preocupada em se recolocar na cidade nova e pouco
tempo sobrava para as festas populares e religiosas, ocasiões oportunas para a
preservação da cultura de um povo. É diferente, por exemplo, de cidades como
São Luiz do Paraitinga, onde as inúmeras festas, algumas seculares, mantem o
clima e favorecem a transmissão do acervo cultural de geração para geração.
Mas é
possível destacar alguns aspectos importantes da cultura redencense, muitos dos
quais foram sendo resgatados com tempo, graças ao esforço de algumas pessoas.
Folclore
As festas
populares, como já foi dito, são o cenário ideal para as mais puras
manifestações folclóricas de um povo. Além do aspecto da religiosidade e da fé
popular, que levam as pessoas a buscar uma ligação com o que é divino, as
festas também surgiram como momentos de confraternização da comunidade e como
forma de agradecimento.
Moçambique, manifestação cultural preservada em
Redenção da Serra
A cidade
tem um grupo de moçambique – formado por elementos de vários bairros – que foi
resgatado e continua vivo, em parte graças ao esforço do casal Francisco e
Terezinha Tilger, responsáveis pelo grupo.
Da mesma
forma, a música sertaneja de raiz ou autenticamente caipira, é mantida graças a
pessoas como Pedrinho Sertanejo e Zé da Viola, que também se dedicam à Folia de
Reis, tradição natalina, que já teve mestres e cantadores como “seo” Ezaur,
Pedro Aquino e “seo” Ismael, todos da mesma família de foliões.
Artesanato
Redenção
sempre teve bons artesãos: bons fazedores de balaios e outros apetrechos de
bambu, santeiros e figureiros famosos pelas suas peças de presépios, fazedores
de esteiras de taboa e outros artífices que bem sabiam utilizar as mãos para
produzir peças de grande beleza.
De alguns
anos para cá o município está retomando esse segmento, graças a iniciativas de
pessoas de boa visão e habilidade para desenvolver produtos de valor agregado e
com boas perspectivas de mercado.
É o caso,
por exemplo, da artesã Gisele, que descobriu a palha de milho como matéria
prima de bonecas, petecas e flores decorativas. Outras artess usam a palha para
a confeccionar bolsas e outras peças muito originais, que tem agradado os
clientes.
(Texto: João Carlos de Faria)Grupo "Redenção de todos os tempos"
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